Duas barras de chocolate…

O Evangelho é sempre surpreendente. Dois domingos atrás ouvimos Jesus dizer a Pedro: “tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,19); hoje é dito à comunidade dos discípulos: “tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu” (18,18). Em outras palavras, o “poder das chaves do Reino” que foi conferido a Pedro, está aqui investido à toda a Igreja. Assim, é por meio da “correção fraterna”, desde que esta realmente esteja dentro da misericórdia divina, que podemos, também nós, “ligar e desligar” a nós e nossos irmãos no Reino dos Céus.

Assunção de Maria

Podemos dizer que a história da humanidade descrita na Sagrada Escritura teve um começo muito ruim. Deus criou o homem para a eternidade, para a vida e para a incorruptibilidade. O homem e a mulher deveriam participar da própria glória de Deus. Eles não deveriam ter conhecido a morte. Mas eis que, por meio do pecado de Adão, eles conheceram a morte, a destruição e a corrupção. Mal começou, e o projeto de Deus já parece ter falhado. Será que o plano de Deus para Adão e para todo ser humano era então grandioso demais?

Um Tesouro Escondido

O Reino de Deus! O que isso quer dizer? Nos últimos domingos Jesus tem nos convidado a refletir sobre isso comparando-o a uma semente que só produz frutos abundantes se for acolhida em uma boa terra. O Reino de Deus é o trigo bom que é confrontado com o joio. O Reino de Deus não triunfa por meio da violência, mas sim por meio de uma discreta força interior como a do fermento dentro da massa. E hoje Jesus nos diz que o Reino é esse Tesouro, essa pérola preciosa pela qual tudo é sacrificado.

Descansemos um pouco!

Imaginemos um pai que pela primeira vez segura seu filho em seus braços. A criança adormece nos braços de seu pai. E o pai esquece todas as preocupações daquele dia. Ele não se lembra mais do peso da fadiga que curvava seus ombros. A criança adormece nos braços de seu pai e o coração do pai fica maravilhado. O abandono de seu pequenino em seus braços, essa confiança da criança que se lhe entrega inteiramente, comove profundamente o pai. Este pequenino sem resistência, sem defesa, toca-o no mais íntimo de seu coração. Aquela criança desperta, nas profundezas de seu pai, uma ternura inexprimível. Diante de seu pequenino, o coração do pai exulta e vibra de alegria.