Vida Monástica

A Vida Monástica define-se pela escolha de um modo de vida que é ao mesmo tempo marginal e implicitamente crítico em relação à sociedade de consumo. Não é uma fuga, mas um despojar-se de si mesmo para tomar a cruz e seguir o Cristo.

A comunidade, “Escola do serviço do Senhor”, reúne-se em torno de um pai, o Abade, sinal de Deus, que é Pai. Na vida comunitária, o monge aprende a arte de perdoar e amar e de permitir que sua personalidade gradualmente se complete com as riquezas dos outros. Este processo de crescimento alimenta-se no diálogo constante, pessoal e comunitário, com Deus , na oração – verdadeira respiração vital da presença do Espírito. E à oração une-se, naturalmente, o trabalho manual ou intelectual, realizado por todos em espírito de oferenda e como serviço aos homens.

“Nossa vida não se situa dentro da categoria da utilidade, mas da símbolica: Ela é como a pequena lâmpada que brilha dentro de uma igreja, lembrando a todos, que ai esta ‘Alguém’.”

O que é o Monge ?

Sendo alguém que busca a Deus, o monge se dispõe a um contínuo e entusiasmado processo de conversão no dia-a-dia de sua vida comunitária. Ele não foge do mundo, nem o odeia, mas dele se afasta. Renuncia a si mesmo e aos bens que poderia obter para si no mundo, para seguir a Cristo no deserto, lugar de sofrimentos e tentações, mas também de autenticidade e encontro. Assim, colocando-se a certa distância da sociedade, livre de suas convenções e imperativos, o monge entrega-se totalmente ao Cristo. Assume uma caminhada em busca da sabedoria de uma tradição espiritual, que lhe é transmitida por um mestre e uma comunidade. Toda esta caminhada, conduz, pela graça, a uma transformação interior e a um aprofundamento da consciência e da percepção, chegando-se a uma experiência no mais profundo do ser.

A vida do monge é toda ela alicerçada na fé, onde ele experimenta constantemente a Morte e a Ressurreição em Cristo, com tudo o que isso implica: despojamento, humildade, paz, serviço, alegria, liberdade. Dentro do Mosteiro, o monge permanece aberto às necessidades dos homens e ao acolhimento. É livre para encontrar e amar a todos. E quer ser, segundo a vontade de Deus, um instrumento de seu Reino.