Santíssima Trindade (C)

Quando éramos crianças, fomos ensinados a fazer o sinal da cruz, a dizer “Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, mas nos falaram, sobretudo, de Jesus. Foi ele quem, pela Encarnação, assumiu para nós o rosto de Deus. Além disso, basta entrar em uma igreja para perceber: é a cruz, muitas vezes com Jesus na cruz, que nos diz quem é Deus.

Domingo de Pentecostes (Ano C)

Lucas, nos Atos dos Apóstolos, e João, no seu Evangelho, apresentam-nos duas descrições muito diferentes, mas complementares, da irrupção do Espírito Santo na primeira Comunidade Cristã – a dos Apóstolos e dos primeiros discípulos. Em Lucas (At), é uma manifestação visível, admirável, barulhenta, que interfere no ambiente ao redor. Em João, tudo se volta à interioridade, como uma presença íntima. Mas, em ambos os casos, trata-se da presença do Espírito de Deus na massa humana.

3° Domingo da Páscoa (C): “Contrastes”

Que contraste entre a leitura do Apocalipse de São João, com sua descrição da liturgia celestial, miríades de anjos, prostrações e adorações diante do trono do Cordeiro, cantos, ouro, luz e incenso, e o Evangelho deste mesmo São João que nos mostra na sobriedade, no despojamento, uma aparição de Jesus aos seus discípulos nas margens do mar de Tiberíades. De um lado, a abundância no céu, do outro, a extrema simplicidade na terra. Enquanto que o Apocalipse se assemelha ao que poderia ser o fim, a recapitulação de todas as coisas em Deus, o último capítulo do Evangelho segundo São João se apresenta mais como um começo.