Maior, menor… primeiro, último…

Maior, menor, primeiro, último… São algumas escalas de valores que fazem parte do nosso cotidiano, mas que Jesus veio, digamos, “fazer em pedaços”: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último” (Mc 9,35). “Aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande” (Lc 9,48) …

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Efatá!

O comportamento de Jesus nesta cena do evangelho pode nos surpreender, nos questionar ou até nos perturbar. Vemos Jesus colocar os dedos nos ouvidos de um “surdo que falava com dificuldade” e tocar sua língua com a saliva.

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Transfiguração do Senhor

Jesus sobe uma alta montanha. Ele a sobe para encontrar o Altíssimo. O Filho sobe para onde reside a glória oculta do Pai, que em breve será revelada a Pedro, Tiago e João. O ápice da ascensão é o próprio Jesus transfigurado perante seus discípulos, é o esplendor de sua glória manifestada aos homens que anuncia a sua ressurreição, e a nossa ressurreição. A fonte divina e eterna se revela para mostrar que a dor da cruz não prevalecerá, mas que, ao contrário, nossa condição de pecador também está destinada à transfiguração com o Cristo. E como Jesus poderia mostrar-nos isso, senão por uma atitude de oração?

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Mais!

Segundo São Bernardo de Claraval, o ser humano é um ser de desejo. Mas quando esse desejo é por coisas, isso faz com que nunca fiquemos satisfeitos com o que já possuímos. O desejo torna-se insaciável, pois ficar satisfeito com o que se possui seria matar o desejo e, deixar de esperar por mais seria, de certa forma, deixar de viver ou de ter gosto pela vida…

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Sagrado Coração de Jesus

Desde a Idade Média, místicos como Gertrudes de Helfta, Catarina de Sena, Matilde, Margarida Alacoque, João-Eudes, desenvolvem uma devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que não é uma devoção a um órgão físico, mas uma devoção ao amor divino vivenciado por Deus feito homem.

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Entre o tempo do Filho e o tempo do Espírito

Celebramos hoje o dom do Espírito Santo enviado por Jesus aos seus discípulos. Mas não foram apenas eles que receberam o Espírito de Deus. Cada batizado e, portanto, cada um de nós, é chamado a viver no Espírito Santo. Na verdade, podemos até dizer que a vida cristã, bem como a vida monástica, é uma vida no Espírito. Portanto, peçamos especialmente hoje, pelo dom de uma vida no Espírito Santo. Deus não é avarento nem mesquinho. Ele é o primeiro a querer nos dar e nos fazer participar de sua alegria de viver.

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Deus-para-os-outros

As leituras da liturgia destes últimos domingos da Páscoa preparam-nos gradualmente para a festa de Pentecostes, a partir do discurso após da Última Ceia, onde Jesus falou de várias maneiras sobre o amor aos seus discípulos. De fato, é o Espírito Santo quem “derrama o amor de Deus nos nossos corações” (cf. Rm 5, 5), e devemos estar preparados para compreender o que é este dom do amor verdadeiro. É no Quarto Evangelho e na Primeira Carta de São João, ouvidos neste domingo, que encontramos os ensinamentos mais profundos sobre o amor que Deus nos dá para torná-lo nosso Amor.

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Dar a Vida é Viver em Plenitude

“O bom pastor dá a vida por suas ovelhas… Eu dou minha vida pelas ovelhas… Eu dou a minha vida… eu a dou por mim mesmo”. Ao repetir com insistência estas palavras, São João diz-nos claramente que elas exprimem uma realidade central sobre o mistério da pessoa de Jesus, e nos revela a essência do que Jesus quis ser para nós, e do que ele fez por nós.

Acreditar na Vida

Ele quis! Ele esperou por isso desde o pecado das origens, desde a criação, talvez desde toda a eternidade, este momento de definitiva vitória sobre o mal, este instante em que sua criatura tornar-se-á tão bela quanto possível à sua imagem. Os profetas falaram sobre isso, as Escrituras o anunciaram, viria o dia em que todo o mal e todo o pecado, e até mesmo a morte, seriam vencidos. O que Deus quer não é a morte, mas a vida. Ele não quer o pecado nem a condenação, mas perdão e salvação. É a Misericórdia que ele deseja e a realiza por meio de seu amado Filho Jesus Cristo. E eis que, nesta manhã de Páscoa, de uma vez por todas, a miséria dos homens, a condenação, são superadas pela ressurreição daquele que amou até o fim.

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